Todo mundo que sai a noite neste país sabe que uma noite que tem o DJ Luiz Pareto no line up e sinonimo de musica boa e daquelas festas em que voce vai dançar até nao se aguentar mais. Nesta edição do Talk´n´Dance ele fará um long set imperdivel onde poderá passar por diversas vertentes da house music sempre com aquele toca cheio de swing que so ele sabe dar pra levar uma pista ao delirio.
Para quem nao o conhece ainda, Luiz Pareto é um ex-ator que aproveitou seu arsenal de perucas cômicas e as incorporou à sua performance de DJ quando descobriu que tinha essa forte vocação. Nascido no Rio de Janeiro, descobriu a cena underground de e-music quando se mudou para São Paulo em 89 e dai em diante passou a se envolver cada vez mais com ela. Primeiro como frequentador e consumidor da música (comprando inúmeros vinis e cds), mas foi em 91 que ele tocou na sua primeira festa feita em casa onde fez sucesso por causa da seleção musical eclética e das loucas perucas. No mesmo ano apareceu seu primeiro convite para tocar no Club Nepal, onde ele tocava do soul ao techno passando por house e garage. Depois de lá, Pareto passou por muitos outros clubs como o Z em 92, Via Mali em Santos em 93 e Ursa Maior no fim desse mesmo ano. Em 94, foi convidado para tocar no Bar/Club Azê 70 além de virar guest regular do afterhours Velvet Underground que antecedeu o Hell's Club e que tinha como residente o inglês Mark Taberner (ex-Hacienda). Quando nasceu o Hell's, Pareto continuou fazendo parte do quadro mensal de guests que dividiam as pick-ups com o residente Mau Mau. E no final desse mesmo ano, ele passou a ser residente das festas "E Time" (sextas) do Latino Club da promoter Bebete Indarte. Nesta festa, ele fazia um long set de 7 horas onde iniciava com deep house, jazzy breaks e house mas no meio da noite lentamente ia pesando o som com muito techno-house, minimal techno e acid techno intercalado com faixas de electro e breakbeats. No mesmo ano, tocou em grandes festas como o Latino Itinerante e as do Mercado Mundo Mix que aconteciam em forma de raves urbanas. Isso tudo, sem parar de tocar no Hell's e no E Time onde já começava a incorporar o drum & bass no final de seus sets e a solidificar seu estilo crossover de fundir diferentes gêneros numa mesma noite.
Em 96, iniciou residência nos sábados do Espaço Nation (onde começou a misturar tech-house à seus sets ecléticos) e no mesmo ano iniciou junto com Mau Mau o projeto "Breakin'" (onde rolava electro, trip hop, drum & bass, hip hop e alguns experimentais). Em 97, Mau Mau saiu do projeto mas Pareto continuou a organizar a festa sozinho. No inicio desse mesmo ano, ele resolveu dar vazão ao seu lado mais houseiro inaugurando a festa "Space Disco" (Columbia). Ainda em 97, cancelou a residência semanal nos sábados do Espaço Nation (passando a uma única mensal) para atender à crescente agenda de festas fora de Sampa, indo se apresentar em Curitiba, Campo Grande, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasilia e interior do estado. Em 98, além de dar continuidade às festas Breakin' e 'Space Disco', ele continuou a fazer inúmeras festas pelo país e também aparições como guest em afterhours como "Paradise" (Lov.e), "The Futur.e" (B.a.s.e.), "The Music" (Bloom) e "Wicked" (A Lôca), e alguns organizadores de raves ainda o convidavam eventualmente para tocar nas pistas de drum & bass. Mas em 99, Pareto tomou algumas decisões radicais. Entre elas, a de diminuir ao máximo sua seleção de techno (especialmente o mais pesado) e abandonar o drum & bass (que ainda gosta) para reunificar seus 2 estilos de set (4/4 e breaks) em um só e ajudar o público a definir seu estilo.
Ele começou a mostrar esse novo set na suas residências no Club U-Turn e todas as quartas no Sutra misturando house, tech-house, deep house, electro e breakbeats. Esses são também os estilos que estão influenciando a recente carreira de produtor de Pareto, que vem destinando a maior parte de seus cachets para comprar equipamentos e montar um estúdio em casa onde poderá colocar à prova sua sêde de trabalhar com estilos musicais inovadores. No segundo semestre de 99, ele chama atenção com seu novo set no afterhours Paradise do Lov.e e também no Festival Earthdance e no fim desse mesmo ano se apresenta com muito sucesso na festa X-Demente no Rio de Janeiro. Em 2000, deu start em dois novos projetos, a sua bem sucedida festa 'Fucked!' que acontece eventualmente em espaços para 400 pessoas e o Rebolado que é uma festa para uma média de 1500 pessoas.
As duas festas são montadas em torno dessa mistura de house (do deep ao techy) com breaks. Durante esse mesmo ano, Luiz Pareto ainda tocou na tenda de house do Festival Skol Beats (ao lado de DJs como Frankie Knuckles, Bob Sinclair, Armand Van Helden e Harvey) e tocou fora do estado em Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasilia e Belo Horizonte além de fazer aparições como guest em afterhours de clubs como Lov.e, A Lôca e Pix.Também em 2000, ele lançou um site e fez planos de produzir um programa de rádio na web para estrear por volta de 2001, mesmo ano em que estará lançando seu próprio selo (todos sob o nome 'Rebolado'). No fim de 2000, ele ganhou um prêmio especial da colunista Erika Palomino, do Jornal Folha de São Paulo, na premiação anual do Melhores da Noite Ilustrada 2000. Pareto ganhou este prêmio pela contribuição à cena de música eletrônica durante seus 9 anos de carreira, e particularmente em 2000, pela iniciativa das festas, do site e do selo REBOLADO, vistos como veículos de informação musical. Na premiação específica de Melhor DJ de House de 2000 da Noite Ilustrada, Luiz Pareto leva o segundo lugar, enquanto que na votação de melhor DJ de house realizada pelo site RRAURL (feita via internet), ele abocanha o primeiro lugar.Pareto continua até hoje usando suas perucas que além de quebrar o gelo que existe entre o DJ e a pista, também serve para estabelecer o 'clima' pois cada peruca que ele coloca tem a ver com a música que está tocando naquele momento.
